MEDITAÇÃO DAS SANTAS CHAGAS DAS COSTAS DE JESUS
Oh Jesus! Vós recebestes nas costas,
as mais horríveis torturas.
Quando os soldados vos ataram à
coluna em posição terrível, e todo o Vosso frágil corpo nú e encurvado, levavam
as chicotadas. As Vossas costas ficaram em carne viva, era um montão de
carnes despedaçadas e sangue jorrando de mil fontes. Os Carrascos ataram
os Vossos pés com uma corda e o arrastaram pela escada abaixo, para uma Cave
imunda e fedorenta.
E as Vossas costas a cada
degrau, arrancavam pedaços de carnes e peles que se misturavam à lama
no chão.
Durante as horas que passastes
sob o escárnio dos soldados, martirizado com todas as espécies de armas e
tratado como criminoso.
Ao vos condenarem a morte, e para
seguirdes no caminho do Calvário, vos
impõem aquela pesada cruz aos vossos ombros.
O Vosso corpo já era uma brasa viva de febre e
de dor.
Durante as três quedas que tivestes e
com profundas feridas por todo o corpo, o enorme peso do madeiro e dos pecados
dos homens rasgavam cada vez mais vossos ombros e as vossas costas.
Eram chagas tão profundas que se
podiam ver as costelas e os ossos de vossos ombros desnudados.
Quando caías, os carrascos para apressar
o andamento até o monte Calvário batiam em vossas costas, machucando cada vez mais vossa carne, nervos e peles.
Deitaram o vosso corpo sobre o madeiro
para serdes crucificado e a violência foi tão grande, faziam renovar as Chagas
das costas enquanto abriam as outras.
Quando colocaram a cruz no buraco
para ser erguida, renovam- se todas as dores, estremecido todo o vosso Ser e o
sangue jorra.
Corre o Sangue sobre o madeiro, sobre o chão, sobre
as pedras e vosso Corpo Santo era assim crucificado.
Durante as três horas de profunda
agonia na Cruz, ao procurardes um ponto onde apoiar os pés para melhor
respirar, não conseguias por falta de apoio. Apoiavas num único cravo, que ao
fazerdes esforço para respirar, rasgava ainda mais as vossas costas, já
massacradas e feridas pelos açoites e quedas.
Oh Jesus! Eu quisera recolher todas
as gotas, de vosso precioso sangue, que derramastes por mim e por todos os
pecadores. Ofereço o meu amor e minha gratidão em reparação por todas as vossas
chagas, honrando especialmente as chagas de Vossas Costas.
Quero me unir a Virgem Santíssima,
Vossa Mãe dolorosa, aos Anjos e aos Santos, para adorar-vos na Eucaristia!
Oh JESUS que dizeis a nós, “o que mais poderia eu ter feito? Que mais
poderia eu te dar? Dei todo o meu sangue derramado nas flagelações que recebi,
no madeiro da Cruz, dei a minha vida, o meu amor, que mais eu poderia ter
feito? Senão morrer na cruz por ti? Quando já não havia mais sangue, traspassaram
o meu coração e o resto de Sangue e Águas que haviam, saíram como uma chuva de
graças. Que mais poderia eu te dar?
Olhe para a cruz e a Eucaristia e verás!
Deus é gratuidade. O que Deus nos dá não é salário e sim dádiva, dons. Tudo é presente, é graça, por parte de Deus.
A Deus não se faz pergunta. “Deus não é lógica humana, ele é mistério da graça.
Nada deve ser medido, calculado, ele sabe a medida para cada um de nós.
Porque ele não mediu esforços quando enviou à Terra seu único filho, parte do seu coração amoroso. Ele foi maltratado e ferido duramente para morrer morte tão cruel e desumana, a horrenda morte de Cruz.
Seu lindo filho Jesus foi macerado ao extremo, e ainda que hoje muitos não valorizem seu amor, ainda sim ele continua o mesmo, todo amor, todo doação!
"A luz veio ao mundo e o mundo não reconheceu essa luz." 1 João 3,18-21
As chagas das costas de Jesus, como todas as outras chagas são fonte bênçãos a jorrar sobre nós e nossas famílias.
Todo aquele que se achegar às suas chagas jamais será abandonado, não se sentirá sozinho, e sim consolado e amado.
Encontrará forças para corrigir seus defeitos, um grande amor no coração, e em sua vida receberá luzes para a caminhada de cada dia e a cura do coração, do corpo e da alma.
Canto
Que
Mais Podia Eu Ter Feito
Que mais podia eu ter
feito
Que mais podia eu te dar
Plantei-te como vinha nova
Toda graciosa, nada havia igual
E castiguei os malfeitores
Que te perseguiam pra fazer-te mal
Que mais podia eu ter feito
Que mais podia eu te dar
Abri o mar na tua passagem
E da escravidão eu te levei à paz
E fiz caminho no deserto
Para o lugar certo, para o Bem total
E esqueceste o Amor
E entregaste o Senhor
O mundo inteiro se esqueceu da luz
E pregou seu Salvador na cruz
Que mais podia eu ter feito
Que mais podia eu te dar
Meditação da 4ª dezena do Terço meditado da Sagrada Face.
A CHAGA DO SANTO OMBRO DE JESUS
Jesus recebeu a Cruz, com Amor, beijou-A, com Amor levou-A. Estava tão esgotado de Sangue nas três horas de agonia sob os golpes da flagelação. Tão abatido pela noite cruel que passou guardado pelos Seus inimigos que após alguns momentos de marcha, cai acabrunhado sob o peso da Cruz.
Jesus se enfraquecia cada vez mais sob o peso da Cruz, não tem mais Rosto Humano, os carrascos o cobriram de manchas.
Cada queda é ocasião de mais sofrimento, os Joelhos, as Mãos são rasgadas por estas quedas sobre um caminho pedregoso e o peso da Cruz dilacerando Suas Carnes, desnudou os Ossos de Vossos Ombros Sagrados. Tais sofrimentos aumentaram o peso da Cruz, e os maus tratos dos carrascos redobram-se de furor.
Jesus foi condenado pelos que cumulou de favores, com Amor aceitou a sentença de morte. Jesus é ainda condenado na Eucaristia, nas Graças que rejeitamos, no Seu Amor que desconhecemos, pelos que aí O negam, pelo sacrilégio, pela Comunhão indigna o cristão vende Jesus, entregando-O e Crucificando-O por seu corpo de pecados. Jesus é renegado pelos apóstatas que abandonam o serviço e o Amor da Eucaristia.
Quantas vezes o DEUS da eucaristia cai pela Comunhão em corações indignos e tíbios que O recebem sem preparação, guardam-No sem piedade, deixam-No partir sem um ato de Amor e Reconhecimento.
Oh! Jesus Eucaristia, sede meu único bem, peço-Vos perdão pelas imortificações de meus sentidos e a Graça de uma vida escondida na Eucaristia, dai-me ó Meu Deus, morrer ao pecado e a mim mesmo e viver só para Amar-Vos na Eucaristia. Ó Senhor, meu Salvador, quero Vos seguir humilhado, maltratado com Maria minha Mãe, eu Vos compensarei com meu Amor.
Honrar as Chagas das Costas meditando os sofrimentos de Nosso Senhor JESUS CRISTO, em sua Paixão crudelíssima. Rezemos a Via- Sacra com piedade e sem pressa, meditando profundamente em cada momento de dor do Divino Salvador.
ORAÇÃO AO SANTO OMBRO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
Em uma ocasião, em Oração, São Bernardo perguntou ao Divino Redentor,
qual era a dor que sofrera mais e que era a mais desconhecida dos homens,
Jesus respondeu: “Eu tinha uma chaga profundíssima no ombro no qual carreguei a minha pesada Cruz. Essa chaga era mais dolorosa que as outras. Os homens não fazem dela menção porque não a conhecem. Honrai essa chaga e farei tudo o que por ela me pedirdes.”
ORAÇÃO:
Ó Amantíssimo Jesus, manso Cordeiro de Deus, apesar de eu ser uma criatura miserável e pecadora, Vos adoro e venero a Chaga causada pelo peso da Vossa Cruz que, dilacerando Vossas carnes, desnudou os ossos do Vosso Ombro sagrado e da qual a Vossa Mãe Dolorosa tanto se compadeceu.
Também eu ó Aflitíssimo Jesus me compadeço de Vós e do fundo do coração Vos louvo, Vos glorifico, Vos agradeço por propor esta chaga dolorosa de Vosso ombro em que quiseste carregar a Vossa Cruz, pela minha salvação e pelo sofrimento que padecestes, Vos rogo com muita humildade, tende piedade de mim, pobre criatura pecadora, perdoai os meus pecados, conduzindo-me ao céu, pelo caminho da Vossa Santa Cruz. Assim seja.
Rezam-se 7 Ave Marias
E acrescenta-se:
«Minha Mãe Santíssima, imprimi no meu coração as chagas de Jesus crucificado.»
"Ó dulcíssimo Jesus, não sejais meu Juiz, mas meu salvador"
Trecho da pagina acima sugerida:
INTERPRETAÇÃO FISIOPATOLÓGICA DA MORTE DE JESUS CRISTO
Na morte de Jesus vários fatores puderam contribuir.
É importante ter em conta que foi uma pessoa politraumatizada e policontundida; desde o momento da flagelação até sua crucificação.
O efeito principal da crucificação, além da tremenda dor, que apresentava em seus braços e pernas, era a marcada interferência com a respiração normal, particularmente na exalação.
O peso do corpo pendurado para baixo e os braços e ombros estendidos, tendiam a fixar os músculos intercostais em um estado de inalação, afetando, por conseguinte, a exalação passiva. Desta maneira, a exalação era principalmente diafragmática e a respiração muito leve. Esta forma de respiração não era suficiente e logo produziria retenção de CO2 (hipercapnia).Para poder respirar e ganhar ar, Jesus tinha que apoiar-se em seus pés, tentar flexionar seus braços e depois deixar-se desabar para que a exalação ocorresse. Mas ao deixar-se desabar, produzia-se, igualmente, uma série de dores em todo o seu corpo.
O desenvolvimento de cãibras musculares ou contratura tetânicas devido à fadiga e a hipercapnia afetaram ainda mais a respiração. Uma exalação adequada requeria que se erguesse o corpo, empurrando-o para cima com os pés e flexionando os cotovelos, endireitando os ombros
.Esta manobra colocaria o peso total do corpo nos tarsais e causaria tremenda dor.Mais ainda, a flexão dos cotovelos causaria rotação nos pulsos em torno dos pregos de ferro e provocaria enorme dor através dos nervos lacerados.
O levantar do corpo rasparia dolorosamente as costas contra a trave. Como resultado disso, cada esforço de respiração se tornaria agonizante e fatigante, eventualmente levaria à asfixia e finalmente a seu falecimento.
Era costume dos romanos que os corpos dos crucificados permanecessem longas horas pendentes da cruz; às vezes até que entrassem em putrefação ou as feras e as aves de rapina os devorassem.Portanto antes que Jesus morresse, os príncipes dos sacerdotes e seus colegas do Sinédrio pediram a Pilatos que, segundo o costume Romano, mandasse dar fim aos justiçados, fazendo com que lhe quebrassem suas pernas a golpes.
Esta bárbara operação se chamava em latim crurifragium (Jo 20, 27).As pernas dos ladrões foram quebradas, mais ao chegar a Jesus e observar que já estava morto, deixaram de golpeá-lo; mas um dos soldados, para maior segurança, quis dar-lhe o que se chamava o "golpe de misericórdia" e transpassou-lhe o peito com uma lança.
Neste sangue e nesta água que saíram do flanco, os médicos concluíram que o pericárdio, (saco membranoso que envolve o coração), deve ter sido alcançado pela lança, ou que se pôde ocasionar perfuração do ventrículo direito ou talvez havia um hemopericárdio postraumático, ou representava fluido de pleura e pericárdio, de onde teria procedido a efusão de sangue.Com esta análise, ainda que seja conjectura, aproximamo-nos mais da causa real de sua morte.
Interpretações que se encontram dentro de um rigor científico quanto a sua parte teórica, mas não são demonstráveis com análise nem estudos complementares.
As mudanças sofridas na humanidade de Jesus Cristo foram vistas à luz da medicina, com o fim de encontrar realmente o caráter humano, em um homem que é chamado o filho de Deus, e que voluntariamente aceitou este suplício, convencido do efeito redentor e salvador para os que criam nEle e em seu Evangelho
.REFERÊNCIAS
1. Sermo de Passione
2. São Justiniano, Dial, c, Tryph, 97,98,104, e apol, 135; Tertuliano, adv. Marc,
3. Camargo Rubén. Jornal El Heraldo. B/quilla, Col 1990
4. Rev. Med. Jama 1986;255;1455-1463
5. Fragm, 16
6. Tractac in Joan, 36,4 - De obitu Theodos, 47 e 49
7. Séneca,Epist,101; Petronio, Sat 3,6; Eusebio, Hist,eccl,8,8
8. Carta Apostólica Salvifici Doloris 1984
9. Louis Claude Fillion. Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tomo III
Rubén D Camargo R .MD
E-mail: rcrubio@alumni.unav.es